sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

Estudo Panorâmico da Bíblia


I. COMO DEVEMOS ESTUDAR A BÍIBLIA?

1. Devemos Procurar Ter Uma Visão Panorâmica
1.1 Existem pessoas que são do tipo de quem não "vê a floresta por causa dos árvores"?
Você se perde examinando a nervura de uma folha, as estrias de uma casca, a tessitura
da madeira, mas nunca percebe o contorno geral das montanhas, dos ribeiros, do solo e
da abóboda celeste acima, que são as partes que formam a "floresta"?
1.2 O mesmo acontece em relação ao estudo do Bíblia. Você pode se perder em leitura de
frase por frase, versículo por versículo, preocupado em como o sujeito se relaciona com
o verbo, desatando complicados nós teológicos aqui e ali, e perdendo de todo o grande
quadro de que Deus comunica mediante a extensão geral de um livro. Agindo assim,
podemos compreender erroneamente as idéias menores que supomos haver alcanqado.
Afinal, um cogumelo e uma bolota se parecem muito: com exceção do fato de que um
vive no chão do floresta, e a outra vive numa árvore.
1.3 Muitas técnicas podem ajudá-lo a obter uma visdo panorâmica de um livro antes de
fazer um estudo mais profundo. Uma das boas formas de começar é a técnica da
leitura-em-voz-alta-de-uma-só-vez. À medida que você 1ê, observe o tom ou o humor
do livro. É alegre? Triste? Zangado? Pleno de louvor? Que tipo de literatura é?
Prosa, poesia, profecia?

1.4 Procure agora pistas sobre as principais personagens, os acontecimentos mais
importantes ou os principais temas do livro. Fique atento, também, para as pistas sobre
o autor e seus leitores. Que problemas eles estão enfrentando? Que perguntas fazem?
Quais as suas principais preocupações? Como o autor responde a cada uma delas?

1.5 A primeira visão panorâmica de um livro é uma boa ocasião para se formular as
perguntas importantes para esclarecer o meu entendimento. "Que perguntas o livro
suscita em minha mente?" "Que trechos são diffceis de entender?" "Que emoções
provoca em mim?" "Como posso crescer com o estudo desse livro?"

2. Devemos Procurar Detalhes
2.1 Deus é um bom escritor. É verdade que Ele usou mensageiros humanos quando
comunicou as Escrituras em sua forma original. E Deus usou teólogos humanos no
século III para decidir quais os livros que deveriam constar do cânon sagrado—a lista
final dos livros da Bíblia. E Deus usou tradutores e linguistas humanos para traduzir as
Escrituras do grego e do hebraico antigos para as línguas modernas de hoje. Por isso,
quando o escritor de hoje estuda as Escrituras, encontra um roteiro muito bom.

2.2 Jornalistas, por exemplo, às vezes calculam a qualidade de seus escritos por uma
medida simples chamada “Escore de Ramsey”. George Ramsey, professor de inglês em
Sacramento, no Estado da Calif6rnia, desenvolveu essa escala para tentar ajudar seus
alunos a aparar as arestas de seus escritos e treinar a precisão. Ele disse a seus alunos
que avaliassem seus trabalhos atribuindo um ponto para cada menção de quatro
elementos: um nome próprio, um numeral, uma citação direta ou uma ilustração ou
exemplo.

2.3 De acordo com esse padrão, as partes narrativas das Escrituras se colocam muito bem.
Elas estão cheias de detalhes especificos esperados num relato jornalístico confiável. O
leitor das Escrituras tem a imediata impressão de que a pessoa que relata o
acontecimento viu e ouviu o que aconteceu, e sabia observar detalhes.

2.4 Os detalhes são importantes tanto para os escritores como para os leitores. Os detalhes
respondern a perguntas como: "Quem?", "O quê?", "Onde?", "Quando?", "Quanto?".
Tiram a história do domínio do opinião para o fato verificável. Estabelecem a
credibilidade do escritor. Uma regra essencial dos manuais de estilo das empresas
jornalisticas diz que o redator deve usar uma linguagem definida, específica e concreta.
São essas informações "definidas, específicas e concretas" que tornam vivas as histórias
no mente do leitor.

2.5 Também nesse caso, a narrativa bíblica é de primeira categoria. Vemos uma viúva
pobre que tinha apenas duas moedas de cobre. Mas entrega ambas a Deus (Lucas 21).
Vemos José, que usava um casaco multicolorido que Ihe fora dado pelo pai, lançado
num poço perto de Dotã por seus onze irmãos e depois vendido por vinte moedas de
prata para os negociantes ismaelitas de especiarias, no caminho da Galiléia para o Egito
(Gênesis 37). Se vivéssemos naquela época, poderíamos verificar os fatos apenas pelos
detalhes.

2.6 Qualquer forma correta e honesta de se ver e estudar as Escrituras implica,
primeiramente, um exame cuidadoso dos detalhes. E as passagens narrativas, em
particular, espelharn esses detalhes por todo o texto. Veja, por exemplo, o caso do
encontro que aconteceu em 1Reis 18:16-19:18. Neste texto bíblico podemos ler sôbre o
encontro entre o profeta hebreu Elias, a rainha Jezabel e Deus. A atenção que a Bíblia
dá aos detalhes é digna dos melhores jornais de hoje.

3. Temos Que Descobrir o Significado do Texto em Questão Mateus 19:16-26
Existem muitas técnicas que podem nos ajudar a evitar o erro de interpretar e aplicar as
Escrituras errôneamente. A majoria dessas técnicas segue os mesmos passos e
principios que qualquer estudante de literatura usaria.

3.1 Procure ver em primeiro lugar o Contexto.
Uma boa fórmula para se descobrir o contexto é fazendo as seguintes perguntas:
• “Quem é que está falando aqui?”
• “Para quem ele/ela está falando?”
O contexto oferece pistas fundamentais para o significado do texto. Examine
primeiramente o contexto literário. Leia os parágrafos ou os capitulos anteriores e
posteriores à passagem. Esta leitura complementar lhe oferecerá uma melhor
compreensão da mensagem do autor

3.2 Procure Descobrir Qual a Situação Histórica

A pergunta que devemos fazer em seguida é:
• “O que está acontecendo aqui?”
A seguir, examine a ambientação histórica. Procure entender as questões, os problemas
e as preocupações dos leitores originais e de que forma o autor trata desses problemas.

3.3 Leia o Parágrafo Inteiro

O parágrafo é a unidade básica de pensamento. [Exceto na poesia, em que se fala por
meio de estrofes]. Ler e pensar por parágrafos pode parecer meio esquisito a principio,
por causa da divisão bfblica em versículos. Mas a numeração de versiculos e a divisão
em parágrafos foram acrescentadas por revisores muito tempo depois de os manuscritos
originais haverem sido formados. Enquanto você 1ê um parágrafo, tente descobrir o
assunto principal que está sendo discutido ali.

3.4 Faça Uma Breve Análise Gramatical

A gramática oferece outras pistas sobre o significado do texto. Veja os tipos de
perguntas que podemos fazer aqui:
• O autor mudou bruscamente os tempos do verbo, do passado para o presente, do
presente para o futuro?
• Será que isso significa uma mudança de personagem?
• O autor está fazendo perguntas, ordenando, ou fazendo declarações?
Cada um desses detalhes pode esclarecer o significado de uma passagem.

3.5 Veja a Coerência Interna

As Escrituras apresentam uma profunda coerência interna. Isso significa que as
Escrituras não se contradizem. Mesmo que ninguém possa dizer que compreende todos
os versiculos da Bfblia, podemos rejeitar qualquer interpretação que contradiga o ensino
claro das Escrituras como um todo. Isso significa também que as Escrituras são o
melhor comentário de si mesmas. Outras passagens, especialmente sobre temas
relacionados pelo mesmo autor, muitas vezes esclarecem a passagem que está sendo
estudada. Uma das principais regras aqui é que sempre o Novo Testamento esclarece o
Antigo Testamento, e nunca o contrário. O Novo Testaamento tem sempre a palavra
final.

3.6 Consulte Outros Livros

As obras de consulta podem ser instrumentos úteis para esclarecer uma passagem, ou
um livro que estamos estudando.
• Os dicionários biblicos podem explicar o significado de palavras desconhecidas, de
lugares e de pessoas na Biblia.
• Os atlas nos mostrarn a geografia das terras biblicas.
• As concordâncias relacionam todas as ocorrências das palavras na Biblia.
• Os comentários explicarn o lastro histórico e o significado de uma passagern ou de
um livro.

4. Precisamos Aplicar O Ensino Bíblico

4.1 A Bíblia Não Deve Ser Apenas Para A Nossa Mente
Como crentes, precisamos tomar a Bfblia não somente como guia para o pensamento,
mas também como guia para o viver. Porém, há maneiras corretas e incorretas de se
fazer isso. A regra básica para aplicarmos aqui é o chamamos a REGRA DE OURO
da Bíblia: “Tudo quanto, pois, quereis que os homens vos façam, fazei-o vós primeiro a
eles” (Mateus 7:12). Se praticarmos esta regra, cumpriremos toda a Escritura com
respeito aos nossos semelhantes.

4.2 Os Dois Grandes Mandamentos
Uma pista para a descoberta de como aplicar a Bfblia se encontra no Grande
Mandamento de Cristo (Mateus 22:34-40). Os judeus religiosos dos dias de Cristo
haviam catalogado todos os ensinos morais do Antigo Testamento e chegado a 613
mandamentos de Deus. Isso mesmo, 613 mandamentos. Esses mandamentos
abrangiam todas as coisas, desde a adoração a Deus até à maneira de lidar com o mofo e
o bolor.
Alguns dos mandamentos pareciam pequenos; outros eram de maior importdncia.
Alguns pareciam estar ligados apenas à cultura da época; outros pareciam ser universais.
Algumas das leis pareciam conflitar com outras leis. Assim, os doutores da lei lançaram
uma pergunta provocativa a Cristo: Qual dos mandamentos é o mais importante?
A resposta de Cristo proporcionou a eles (e a nós também) profundo esclarecimento
sôbre o que Deus espera de seu povo. E, com essa resposta, podemos começar a passar
as Escrituras de nossa mente para o nosso coração.
Primeiro Amarás o Senhor teu Deus de todo o seu coração de toda a tua alma, e de
Todo o teu entendimento.
Segundo Amarás o teu próximo como a ti mesmo.

II. INTRODUÇÃO AO ESTUDO DAS ESCRITURAS

1. O Valor das Escrituras

Temos que aprender a usar a Bíblia Sagrada porque ela é o nosso “manual de fé e
prática”. A Palavra de Deus é inspirada pelo Espírito Santo, sendo assim útil para o
ensino. Ela é a espada do Espírito – 2 Timóteo 3:15-16; Efésios 6:17; Jeremias 1:12.
2. Algumas Recomendações
• Meditar – Isaías 1:8
• Aplicar-se – 1 Timóteo 4:13
• Manejar Bem – 2 Timóteo 2:15
• Desejar ardentemente – Salmo 119:12,40,64,68,68; 2 Timóteo 4:13; 1 Pedro 2:2
• Buscar – Isaías 34:16
• Ler Todos os dias – Deuteronômio 17:19

3. Alguns Resultados

• Dará Autoridade – Efésios 6:10-18
• Dará Sabedoria, habilidade – 2 Timóteo 3:14-17
• Trará Revelação – Salmo 25:14; 1 Coríntios 2:9-14
• Fortalecerá contra o pecado – Salmo 119:11
• Trará Alegria – João 15:11; Lucas 11:28; Apocalipse 1:3; Salmo 1:1-3
• Trará Prosperidade – Josué 1:8
• Dará Orientação – Salmo 119:105
• Não Voltará Vazia – Isaías 55:11
• Se Permanecer em nós, teremos respostas às orações – João 15:7

III. DIVISÃO DA BÍBLIA

1. O Antigo Testamento – 39 livros

Pentateuco 5 Gênesis, Êxodo, Levítico, Números, Deuteronômio
Históricos 12 Josué, Juízes, Rute, 1e 2 Samuel, 1 e 2 Reis, 1 e 2 Crônicas, Esdras,
Neemias, Ester.
Poéticos 5 Jó, Salmos, Provérbios, Eclesiastes, Cantares.
Profetas 5 Isaías, Jeremias, Lamentações, Ezequiel, Daniel
Menores .

Profetas 12 Oséias, Joel, Amós, Obadias, Jonas, Miquéias, Naum, Habacuque,
Maiores Sofonias, Ageu, Zacarias, Malaquias.

2. Novo Testamento - 27 livros

Evangelhos 4 Mateus, Marcos, Lucas, João
Histórico 1 Atos
Epístolas 13 Romanos, 1 e 2 Coríntios, Gálatas, Efésios, Filipenses,
Paulinas Colossenses, 1 e 2 Tessalonicenes, 1 e 2 Timóteo, Tito, Filemom
Epístolas 8 Hebreus, Tiago, 1 e 2 Pedro, 1, 2 e 3 João, Judas
Gerais
Livro 1 Apocalipse
Profético

III. Breve Análise dos Grupos de Livros Bíblicos

1. O Antigo Testamento

Pentateuco 5 Gênesis, Êxodo, Levítico, Números, Deuteronômio
São os cinco primeiros livros do Antigo Testamento e também são
frequentemente chamados de “A Lei". Eles incluem relatos da criação e
da
civilizção primitiva. Duas boas amostras de leitura são Gênesis 1-3 e
Exodo 19-20.
Históricos 12 Josué, Juízes, Rute, 1e 2 Samuel, 1 e 2 Reis, 1 e 2 Crônicas, Esdras,
Neemias, Ester.
Os livros históricos narram a história do povo de Israel desde a entrada na
terra prometida, com Josué, até o retorno do cativeiro babilônico, com
Esdras e Neemias. Neles encontramos as histórias dos reis de Israel e Judá
[Jônatas, Davi, Salomão, etc.], assim também como a história dos
principais profetas [Elias, Eliseu, etc.].

Poéticos 5 Jó, Salmos, Provérbios, Eclesiastes, Cantares.
Os livros poéticos que vão de de Jó a Cantares de Salomão foram escritos
em forma de versos, ao invés de prosa. Esta é a razão básica de sua
classificação, embora tenhamos que notar que eles tratam primordialmente
de sabedoria prática para o dia-a-dia. São livros muito populares,
especialmente o de Salmos e o de Provérbios.

Profetas Maiores 5 Isaías, Jeremias, Lamentações, Ezequiel, Daniel.
Estes livros são chamados de Profetas maiores simplesmente por
causa de seu tamanho, de sua extensão, e não por causa de sua
importância, uma vez que todos são igualmente importantes.
Profetas Menores 12 Oséias, Joel, Amós, Obadias, Jonas, Miquéias, Naum,
Habacuque,
Sofonias, Ageu, Zacarias, Malaquias.

Os profetas menores são uma coleção de doze livros breves, mas
muito importantes para se entender a história de Israel. Esses
livros são profecias dirigidas a situações específicas da vida de
Israel em um dado momento histórico, ou ainda profecias
dirigidas contra determinado ato de um povo inimigo de Israel.

2. Novo Testamento - 27 livros

Evangelhos 4 Mateus, Marcos, Lucas, João
O Novo Testamento conta com quatro evangelhos, cada um deles sendo o
relato, do nascimento, da Vida e da. morte de Cristo. Eles devem ser
entendidos como um todo, ou seja, eles se completam. Existem
determinados detalhes que você só encontra em um desses evangelhos. Se
você deseja realmente conhecer a toda a Vida de Cristo, é necessário que
você leia e estude todos os quatro evangelhos. Os 3 primeiros (Mateus,
Marcos e Lucas) são chamados Evangelhos Sinóticos, porque eles trazem
muitos relatos em comum, o que não acontece com o quarto evangelho,
João. Cada um destes evangelhos é maravilhoso de seu próprio jeito
particular.

Histórico 1 Atos

O livro de Atos dos Apóstolos é um relato da fundação da igreja primitiva.
Passe por suas páginas, observando pessoas de importância, lugares e
acontecimentos. O livro começa com a ascenção de Jesus ao céus, e
termina com o evangelho sendo expandido por toda a Ásia, em
cumprimento da profecia de Jesus Cristo.

Epístolas 13

Romanos, 1 e 2 Coríntios, Gálatas, Efésios, Filipenses,
Paulinas Colossenses, 1 e 2 Tessalonicenes, 1 e 2 Timóteo, Tito, Filemom
Estas epístolas todas são chamadas de Paulinas porque eles são de autoria
do Apóstolo Paulo. Algumas delas se sobressaem, como por exemplo a
Epístola aos Romanos , que é uma exposição detalhada da fé cristã feita
para os crentes de Roma. Estas epístolas são a nossa fonte mais
importante quando queremos estudar temas importantes como salvação, fé,
arrependimento, a Igreja, e outros. Elas também abordam situações e
problemas que as igrejas recipientes estavam vivendo naquele momento
histórico em que elas foram escritas. Em Corintios e em Tessalonicenses,
por exemplo, encontramos cartas que Paulo escreveu a igrejas que ele
mesmo fundou e que conhecia profundamente. Timóteo, e Tito são cartas
de Paulo com orientações a pastores. Trazem muitos conselhos práticos.
Filemom é uma carta a um crente, dono de um escravo foragido que
também se tornou crente. Cada uma dessas epístolas tem o seu valor
próprio.

Epístolas 8

Hebreus, Tiago, 1 e 2 Pedro, 1, 2 e 3 João, Judas
Gerais Hebreus descreve a fé cristã da perspectiva de um profundo conhecedor do
Antigo Testamento. As cartas de Tiago a Judas são chamadas epistolas
gerais, ou Universais, porque parecem terem sido endereçadas a todos os
cristãos. A primeira epístola de João da um maravilhoso realce ao amor.
Estas epístolas são muito importantes porque parecem que foram
endereçadas especialmente a tempos difíceis como os que estamos
vivendo agora.

Livro 1 Apocalipse

Profético Apocalipse é um misterioso livro profético, escrito para descrever
(i) o fim dos tempos,
(ii) os acontecimentos que antecederiam a Volta de Cristo, e
(iii) futuro dos seres humanos.
A leitura do Apocalipse não é fácil porque o livro está cheio de linguagem
e de figuras proféticas. Sem dúvida o Apocalipse ajuda ao seu leitor a
colocar os valores de sua vida em uma perspectiva correta, uma vez que o
destino final dos seres humanos é descrito de forma clara e contundente.

IV. Breve Análise de Cada Livro da Biblia

1. O ANTIGO TESTAMENTO

Pentateuco (A Lei)
Estes são os cinco primeiros livros da Bíblia, e narram desde a criação do mundo até a volta
dos Israelitas do Egito, sob a liderança de Moisés, para possuir a terra prometida.
Os primeiros cinco livros da Bíblia contam as origens da raça judia e cultura humana
universal.

GÊNESIS
Gênesis pode ser descrito como o livro dos inícios. Pode ser dividido em duas partes
principais.
(i) A primeira diz respeito à história da humanidade primitiva (caps. 1-11).
9
(ii) A Segunda trata da história do povo específico que Deus escolheu como o seu
próprio (caps. 12-50), para Si próprio.
Há uma outra característica importante do livro de Gênesis que é o modo satisfatório pelo
qual Deus responde nossas perguntas sôbre as origens. Explica como o mundo, os animais e
os seres humanos vieram à existência. Gênesis é também o livro que descreve a criação, as
primeiras rebeliões contra Deus, e mostra Deus escolhendo a descendência de Abraão.
ÊXODO
Este é conhecido como o livro da Redenção. O livramento dos Israelias oprimidos debaixo
do poder egípcio é o tipo de toda a redenção (1 Coríntios 10:11). Os rigores da escravidão
no Egito (tipo do mundo) e o Faraó (um dos tipos de satanás).Deus salvou os Israelitas da
escravidão no Egito e os conduziu ao Deserto de Sinai. Lá, Ele deu as leis para governar a
nova nação a Moisés

LEVITICOS

Deus estabeleceu as leis para os Israelitas, principalmente leis relativas à santidade e à
adoração. Os códigos de santidade aqui estabelecidos são extraordinários, e são a base
mundial de relacionamento humano.

NÚMEROS

Por causa da rebelião e da desobediência deles, os Israelitas tiveram que vagar em um
deserto durante 40 anos antes de entrar na terra prometida. Aqui encontramos parte desta
peregrinação.

DEUTERONÔMIO

Logo antes de sua morte, Moisés fez três discursos emocionais de despedida, recapitulando a
história e advertindo os Israelitas contra enganos adicionais que viriam no futuro.
Livros Históricos
Os próximos 12 livros continuam a história dos Israelitas: eles passaram à terra de Canaã e
estabeleceram um reino que durou quase 500 anos.

JOSUÉ

Depois de morte de Moises, Josué comandou os exércitos que conquistaram muito do
território na terra prometida.

JUÍZES

A nova nação [o Povo de Israel] entrou em uma série de grandes fracassos porque se
esqueçiam do Deus Verdadeiro e iam após outros falsos “deuses” de Canaã. Deus criou os
líderes e os chamou de "juízes".

RUTE

Esta é uma história de amor e lealdade entre duas viúvas, que foram como um luzeiro em
meio a um período escuro e difícil da história de Israel.

1 SAMUEL

Samuel se tornou um líder de transição entre o tempo dos juízes e o dos reis. Ele designou o
primeiro rei de Israel, Saul. Depois de seu fracasso, Saul tentou prevenir que o escolhido de
Deus para reinar em seu lugar, Davi, tomasse o trono. Davi toma o trono de qualquer forma,
depois de muitas guerras.

2 SAMUEL

Davi, o homem segundo o próprio coração de Deus, reuniu a nação. Mas depois de cometer
adultério e assassinar o esposo de sua amante, ele é assombrado e perseguido por crises em
sua própria família, e por crises políticas nacionais.

1 REIS

Salomão sucedeu a Davi, e teve um relativo sucesso que veio misturado com fracassos
ocasionais. Depois de sua morte, uma guerra civil separou a nação. Os reis que vieram
depois de Salomão eram principalmente maus, e o profeta Elias teve muitas confrontações
dramáticas com Rei Acabe.

2 REIS

Este livro continua o registro dos acontecimentos do reino dividido. Nenhum dos reis do
Reino do Norte [Israel] seguiu a Deus constantemente, e assim Israel [o Reino do Norte] foi
finalmente destruído por uma nação inimiga que o invadiu. O Reino do Sul [Judá] durou
mais tempo, mas finalmente a Babilônia conquistou Judá e deportou seus cidadãos.

1 CRÔNICAS

O livro abre com o registro genealógico mais completo da Bíblia. Depois apresenta muitos
incidentes da vida do Rei Davi (freqüentemente iguais aos de 2 Samuel).

2 CRÔNICAS

Comparado freqüentemente com os livros de Reis, este livro registra a história da vida do
reino do Sul [de Judá]. A única diferença é que enfatiza os bons reis.

ESDRAS

Depois de permanecerem cativos na Babilônia durante décadas, os judeus foram permitidos
voltar à sua pátria. Esdras é um dos escribas/líderes que emergem logo depois que os
primeiros grupos de refugiados retornam à terra prometida.

NEEMIAS

Neemias reconstruiu o templo e os muros da cidade que tinham sido destruídos.
Desenvolveu um novo tipo de Judaísmo, mais restrito, mais severo com a idolatria. Ele
concentrou em restabelecer o muro protetor ao redor de Jerusalém e se uniu a Esdras
conduzindo um reavivamento religioso.

ESTER

Esta história acontece entre os judeus cativos na Pérsia. Ester se torna rainha. Ela se revela
ser uma rainha judia corajosa que anulou um plano para exterminar o seu povo.

Livros Poéticos

Quase um-terço do Antigo Testamento foi escrito originalmente em poesia. Estes livros se
concentram em perguntas sobre a dor, o sofrimento, a luta contra inimigos, Deus, vida, e
amor.



O melhor homem de sua geração sofre a maior tragédia pessoal. O livro inteiro de Jó luta
com a pergunta, “Por que?”

SALMOS

Estas orações e hinos cobrem toda a gama de emoções humanas; juntos, eles representam
um diário pessoal de como se relacionar com Deus. Alguns desses Salmos também eram
usados em cultos e serviços públicos de adoração a Deus. Os mais conhecidos são os
Salmos 23 e o 91.

PROVÉRBIOS

Os provérbios aqui contidos neste livro oferecem conselho em toda área imaginável de vida.
O modo de viver aqui descrito conduz à uma vida que agrada a Deus. Este é um livro de
leitura obrigatória se queremos crescer em nossas vidas espirituais.

ECLESIASTES

Uma vida sem Deus, ou "debaixo do sol", como o autor diz, conduz ao desespero e à uma
vida sem sentido. Este é um livro de Salomão e contêm orientações e sabedoria como se
fosse um livro notavelmente moderno.

CANTARES

Este livro é um poema bonito que celebra o amor romântico e físico. Pode ser também
usado para comparar o amor de Cristo para com a Sua Igreja.

Profetas Maiores

Durante os anos em que os reis regeram a Israel e à Judá, Deus falou por profetas. Embora
alguns profetas predissessem eventos futuros, o papel primário deles era o de chamar as
pessoas e as nações de volta a Deus.

ISAÍAS

O mais eloqüente dos profetas, Isaías analisou os fracassos de todas as nações ao redor dele e
profetizou a respeito de um futuro Messias que traria salvação e paz—Jesus Cristo.

JEREMIAS

Jeremias teve uma vida emocionalmente torturada, contudo manteve-se fiel à mensagem
dura que Deus lhe entregou. Ele profetizou a Judá nas últimas décadas antes de que a
Babilônia destruísse a nação.

LAMENTAÇÕES DE JEREMIAS

Aqui podemos ler que todas as advertências que Jeremias fez sôbre o destino de Jerusalém
se tornaram realidade. Lamentações registram cinco poemas de tristeza pela cidade caída.

EZEQUIEL

Ezequiel profetizou aos judeus que estavam cativos na Babilônia. Ele freqüentemente usou
histórias dramáticas e "parábolas" para entregar as suas profecias e fazer as suas
observações.

DANIEL

Daniel era um cativo na Babilônia. Daniel subiu ao posto de primeiro-ministro na
Babilônia. Apesar de intensa pressão política, ele viveu uma vida que foi um modelo de
integridade e fidelidade. Entregou profecias altamente simbólicas sobre o futuro.

Profetas Menores

Uma coleção de 12 importante livros, ainda que pequenos em tamanho, não em relevância.

OSÉIAS

Oséais profetiza contra Israel através da própria ruina de seu casamento. Através da
mensagem o profeta Oséias falava que Israel tinha cometido adultério espiritual contra Deus.

JOEL

Começando com uma recente catástrofe em Judá (uma pestilência de gafanhotos), o livro de
Joel predisse o julgamento de Deus que aconteceria em Judá.

AMÓS

Mesmo sendo um trabalhador rural, Amós profetizou para Israel na plenitude de sua
prosperidade. As advertências severas deste livro se focalizaram no materialismo da nação.

OBADIAS

Obadias profetizou contra e advertiu Edom, uma nação fronteiriça a Judá.

JONAS

Jonas foi relutantemente para Nineve e achou os inimigos de Israel responsivos à mensagem
de Deus. Aqui temos a história de Jonas passando três dias no ventre do grande peixe.

MIQUÉIAS

Miquéias expôs a corrupção em todos os níveis da sociedade, mas fecha sua profecia com
uma promessa de perdão e restauração.

NAUM

Muito tempo depois que Jonas tinha levado Nineve ao arrependimento, Naum novamente
predisse a destruição total da cidade poderosa. A razão é que eles tinham se afastado
novamente de Deus.

HABACUQUE

Habacuq ue endereçou o seu livro dele a Deus, e não às pessoas. Em um diálogo honesto
com Deus, ele discutiu os problemas do sofrimento e da justiça.

SOFONIAS

Sofonias focalizou a sua mensagem no Dia da Vinda do Senhor, que estava próximo. Neste
dia Deus purificaria a Judá, e aquela nação abençoaria o resto do mundo inteiro como
resultado.

AGEU

Depois de voltar do cativeiro babilônico os judeus começaram a reconstruir o templo de
Deus. Mas antes deles terminarem aquela tarefa tão importaante eles a puseram de lado para
trabalharem nas suas próprias casas. Ageu lhes profetizou e lembrou que pusessem Deus em
primeiro lugar.

ZACARIAS

Escrevendo mais ou menos ao mesmo tempo que Ageu, Zacarias também conclamou aos
judeus para que trabalhassem no templo. Ele usou uma outra maneira de profetizar,
descrevendo como o templo apontaria para a próxima vinda do Messias.

MALAQUIAS

Sendo o último profeta de Antigo Testamento, Malaquias profetizou a uma nação de Israel
que tinha se desviado dos estatutos que Deus tinha ordenado.

2. O NOVO TESTAMENTO

Os Evangelhos

A palavra evangelho significa "boas notícias". Quase a metade do Novo Testamento
consiste em quatro relatos da vida de Jesus e as boas novas que Ele trouxe para a
humanidade. Cada um destes quatro livros, ou Evangelhos, tem um foco diferente e uma
audiência diferente. Quando analisados em conjunto, eles dão um quadro completo de vida
e do ensino de Jesus. Mais de um terço de suas páginas é dedicado aos eventos da última
semana de na vida de Jesus, inclusive a Sua crucificação e ressurreição.

MATEUS

Escrito à uma audiência judia, este Evangelho une o Antigo e o Novo Testamento.
Apresenta Jesus como o Messias e Rei prometido no Antigo Testamento. Mateus enfatiza a
autoridade e o poder de Jesus.

MARCOS

Marcos provavelmente escreveu com os pragmáticos leitores romanos em mente. O
Evangelho de Marcos acentua ação e apresenta uma narrativa direta e detalhada do trabalho
de Jesus na terra. Não há muita ênfase nos ensinos de Jesus, mas sim em Seus milagres.

LUCAS

Além de ser um médico, Lucas também era um bom escritor. O seu Evangelho provê muitos
detalhes de interesse humano, especialmente em apresentando Jesus aos pobres e
necessitados. Um tom jovial caracteriza o livro de Lucas.

JOÃO

João tem um estilo diferente, mais refletivo que os outros Evangelhos. Seu autor selecionou
sete sinais que apontam a Jesus como o Filho de Deus, e coloca mais uns outros sinais juntos
para enfatizar aquele ponto. Se ocupa mais do conflito com os Judeus e com as pregações de
Jesus.

Livro Histórico

O livro de Atos dos Apóstolos continua a história no período depois que Jesus deixou essa
terra.

ATOS

O livro de Atos do Apóstolos conta o que aconteceu aos seguidores de Jesus depois que Ele
foi assunto aos céus. Pedro [capítulos 1-12] e Paulo [capítulos 13-28] são as principais
figuras. Foram eles quem emergiram como líderes da igreja nascente. A Igreja rapidamente
vai se espalhando por toda a terra conhecida de então.

As Epístolas (ou Cartas)

A jovem igreja foi nutrida pelos apóstolos que escreveram as suas convicções e nos
deixaram poderosas mensagens em uma série de epístolas, ou cartas. As primeiras 13
cartas (desde Aos Romanos até Filemon) foram escritas pelo apóstolo Paulo, que conduziu o
avanço do Cristianismo às pessoas não-judias [os Gentios]. As outras 8 epístolas seguintes
são de diversos autores, e têm uma mensagem mais ampla, sendo assim chamadas de
Epístolas Universais.

As Epístolas [ou Cartas] de Paulo

ROMANOS

Escrita para uma audiência sofisticada, este livro apresenta as grandes doutrinas da fé cristã
(salvação pela fé, justificação, etc.) em uma forma lógica. Pode ser considerado como um
pequeno compêndio de Teologia.

1 CORÍNTIOS

Esta espístola é um livro muito prático. Orienta aos crentes da cidade de Corinto quanto a
diversos problemas que eles estavam enfrentando. Podemos dizer pelo tipos de problemas
aqui relatados que a igreja em Corinto passava por tempos tumultuados: matrimônio,
facções, imoralidades, adoração pública, e processos internos de disciplina.

2 CORÍNTIOS

Paulo escreveu esta segunda carta àquela Igreja para se defender contra uma rebelião
conduzida por certos falsos apóstolos.

GÁLATAS

Uma versão curta da mensagem da epístola aos Romanos, este livro condena o Legalismo.
Mostra como Cristo veio trazer liberdade, não escravidão. Não mais vivemos debaixo da
Lei do Antigo Testamento, mas sim debaixo da Graça.

EFÉSIOS

Embora escrita naa prisão, esta carta é a mais otimista e encorajadoura de Paulo. Conta as
grandes vantagens que um crente tem em Cristo em relação a quem vive no mundo.

FILIPENSES

A igreja de Filipos estava entre as favoritas de Paulo. Embora a carta seja bem amigável,
Paulo ressalta que ainda assim existem certas tensões no meio da Igreja. O seu ponto alto
nos ensina que podemos ser alegres em qualquer situação.

COLOSSENSES

Escrita para se opor a certos cultos, a epístola aos Colossenses conta como a fé em Cristo é
completa em si mesma. Nada precisa ser acrescentado ao que o Cristo fez.

1 TESSALONICENSES

Composta cedo no ministério de Paulo, esta carta apresenta o ensino necessário sôbre a
Segunda Volta de Cristo. Além disso, Paulo dá conselhos sôbre problemas específicos que
aquela comunidade vivia: o destino dos mortos, modelo de santidade, etc.

2 TESSALONICENSES

Encontramos um tom mais forte do que o da primeira carta. Aqui Paulo revisa os mesmos
tópicos para a Igreja de Tessalônica, especialmente as perguntas da igreja sobre a segunda
vinda de Cristo.

1 TIMÓTEO

Como Paulo se aproxima do fim de sua vida, ele escolheu homens jovens como Timóteo
para continuar o seu trabalho. As duas cartas dele para Timóteo formam um manual de
liderança para um jovem pastor.

2 TIMÓTEO

Escrita um pouquinho antes da morte de Paulo, 2 Timóteo oferece palavras finais ao seu
jovem assistente.

TITO

Tito foi pastor em Creta, um lugar notoriamente difícil para se criar uma igreja. A carta de
Paulo deu conselhos práticos sobre como fazer isto.

FILEMON

Paul urgiu a Filemon a receber de volta e a perdoar Onésimo, seu escravo fugitivo. Além
disso, Filemon deveria aceitar a Onésimo como a um irmão em Cristo.
Epístolas [ou Cartas] Universais
Estas epístolas finais do Novo Testamento não são endereçadas a situações específicas
que Igrejas locais estejam enfrentando num determinado momento histórico de suas
vidas, e assim possuem um apelo muito mais amplo do que as prévias epístolas. Outra
característica comum é que elas não são de autoria do Apóstolo Paulo.

HEBREUS

Ninguém sabe com certeza quem escreveu esta epístola aos Hebreus. Provavelmente entrou
no cânon sagrado [a Bíblia] primeiramente para alertar os cristãos em geral do perigo de se
passar despercebidamente do evangelho da Graça de Cristo para o Judaísmo. A Epístola aos
Hebreus interpreta o Antigo Testamento através de mostrar que muitas práticas judias eram
símbolos que prepararam o caminho para a vinda de Jesus Cristo.

TIAGO

Tiago, irmão na carne de Jesus Cristo e um homem de ação, enfatizou o tipo certo de
comportamento que um(a) crente deve ter diante daqueles(as) que passam necessidades
materiais. Alguém que seja, ou que se chame um(a) cristão(ã), deve agir da maneira que
Tiago prescrebe. Deste modo, Tiago escreve sôbre as particularidades da vida e da fé
cristãs.

1 PEDRO

Os(As) cristãos(ãs) primitivos(as) freqüentemente experimentaram violenta oposição, e a
carta de Pedro os(as) confortou e os(as)encorajou a serem fiéis a Deus mesmo debaixo de
perseguição por causa de sua fé.

2 PEDRO

Em contraste com a primeira carta de Pedro, esta segunda focalizou problemas internos que
afligiam as Igrejas daquela época. Pedro especialmente adverte contra os falsos mestres.

1 JOÃO

A Primeira Epístola de João elegantemente explica as verdades básicas sobre a vida Cristã.
Esta é uma epístola cheia de conceitos metafóricos profundos, tais como luz-trevas, amor,
vida verdadeira-vida falsa, Cristo-anticristo, etc.

2 JOÃO

João usou a sua segunda epístola principalmente para advertir contra os falsos mestres, e
como as igrejas deveriam reagir às suas pessoas e ao seu ensino.

3 JOÃO

Aqui podemos ver o Apóstolo João contrabalançando a sua epístola anterior, 2 João. João
enfatiza aqui o companheirismo cristão, e menciona a necessidade de sermos
hospitaleiros(as), e de apoiar aos verdadeiros mestres cristãos.

JUDAS

Judas, o irmão do Senhor Jesus Cristo, deu um sério sumário de hereges que deturpam a
verdade, e do perigo de seguirmos tais indivíduos.

APOCALIPSE

Um livro profundo e difícil, embora de valor inestimável. Apocalipse é um livro repleto de
visões e símbolos. O livro de Apocalipse é o único livro de todo o Novo Testamento que se
concentra só em profecias e revelações do futuro. Apocalipse completa a história começada
em Gênesis da batalha cósmica entre o bem [Deus] e o mal [satanás] que acontece nesta terra
e nas regiões celestes. O livro de Apocalipse termina com o quadro maravilhoso do novo
céu e da nova terra que serão criados por Deus para os que se salvarem.

Fonte:(secr_edu_lideres Cristaos em Acao)

Conheça Melhor sua Bíblia


A Bíblia é um livro extraordinário. É o livro mais vendido de todos os tempos. Se não fosse por qualquer outro motivo, só esse já faria dela uma leitura obrigatória para todas as pessoas pensantes.

Ela teve uma influência marcante no desenvolvimento dos valores da nossa civilização ocidental, nas áreas da família (o ideal bíblico da aliança entre um homem e uma mulher proporciona um alicerce fortíssimo para qualquer sociedade – Jesus valorizou as mulheres e as crianças no mundo masculinizado de sua época), relações de trabalho (princípios bíblicos regem os relacionamentos entre patrões e empregados), questões raciais (a Bíblia descarta qualquer tipo de discriminação racial), crime (a punição de crimes é mais justa e misericordiosa), humanitarismo (Florence Nightingale, Madre Teresa, Pasteur, Albert Schweitzer, Cruz Vermelha, ACM, Visão Mundial, Exército da Salvação, hospitais, orfanatos, instituições de ensino), governo, instrução (a importância da palavra escrita – Harvard, Yale e Princeton) cultura – música, artes e literatura. E na vida espiritual dos povos ocidentais, ela teve papel preponderante estabelecendo padrões morais objetivos, transformando vidas.

Apesar de tudo isso, poucas são as pessoas que realmente podem afirmar que conhecem a Bíblia. Muitos de nós podemos dizer que conhecemos um pouco da Bíblia. Conhecemos algumas passagens mais clássicas. Quem nunca ouviu falar “O Senhor é o meu pastor, nada me faltará”? Ou “Todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus”?

Muitos de nós já passamos anos sentados nos bancos da escola dominical, mas ainda conhecemos muito pouco o seu livro de texto. Tentamos ler algumas passagens aqui, outras ali, mas elas não parecem fazer muito sentido. Outras passagens parecem desnecessárias, até enfadonhas. Quem quer saber as genealogias de gente que morreu há tanto tempo? E por que isso seria considerado importante para a minha vida hoje?

O problema é que fazemos com a Bíblia o que não faríamos com nenhum outro livro que tivéssemos de estudar para aprender de fato. Pegamos um pedacinho aqui, outro ali, e então, quando não conseguimos apreender o sentido do que está sendo dito, jogamos a culpa no texto, não no nosso método. Se não entendermos um pouco melhor o que a Bíblia é, o que ela narra, será difícil tirarmos algum proveito do que lermos.

O que é a Bíblia?

A Bíblia é a revelação escrita de Deus acerca de sua vontade para os homens. Encontramos ali ordens específicas do Senhor para que sua mensagem fosse escrita a fim de servir de guia para pessoas de todos os tempos. Êxodo 34:27. À medida que for lendo seu texto e estudando sua mensagem, observe quantas vezes aparecem as palavras : Disse o Senhor, e a palavra do Senhor veio a..., também disse o Senhor, etc...Seu tema central é a reconciliação do homem com Deus mediante Jesus Cristo. Colossenses 1:20; 2 Coríntios 5:18-20. Deus quis se revelar aos homens através de pessoas a quem escolheu para servir de instrumentos seus. Jeremias 1: 1-9.

É um livro que tem falado a milhares de gerações de pessoas de todas as idades, de todas as culturas e de todos os tipos de interesse. O motivo é que, apesar de ter sido escrita por seres humanos, ela é divinamente inspirada. O pensamento é divino, a revelação é divina, mas a expressão da comunicação é humana. 2 Pedro 1:21.

A Bíblia é “uma história, um relato, a história de Deus. Por trás dos 10000 acontecimentos está Deus, o construtor da História, o autor dos séculos. Tendo a eternidade por limite de um lado e de outro, e o tempo no meio, Gênesis marcando seu início e Apocalipse o seu término, entre um e outro Deus está operando. Podemos descer aos mínimos detalhes em qualquer parte e ver que há um grande propósito desenvolvendo-se através dos tempos – o desígnio eterno do Deus Todo-poderoso de redimir um mundo destruído e arruinado.”[1]

Como a Bíblia foi escrita?

A Bíblia é uma coleção de livros, uma biblioteca em si. Contendo 66 livros escritos por 40 autores diferentes, ela abrange um período de aproximadamente 1600 anos. Ela está dividida em duas partes, chamadas de testamentos – o Antigo Testamento, com 39 livros e o Novo Testamento, com 27. A palavra original para testamento significa aliança ou pacto. No AT encontramos a aliança da lei. Foi dada uma lei que precisava ser obedecida para as pessoas serem aceitas diante de Deus. No NT, encontramos a aliança da graça, através de Jesus Cristo. A aceitação diante de Deus é através da obediência perfeita de Seu ünico Filho. A única coisa que as pessoas precisam fazer para se aproximar de Deus agora é aceitar Jesus como seu Salvador – nada mais. É um presente imerecido. Não depende de nada que possamos fazer, mas apenas da nossa fé em Jesus. Uma aliança conduziu à outra (Gálatas 3:17-21). A impossibilidade de cumprirmos a lei nos mostrou a extensão da nossa desobediência e a necessidade de alguém que o faça por nós. Jesus cumpriu perfeitamente a lei de Deus e através Dele, somos justificados diante de Deus.

Os autores bíblicos foram reis e príncipes, poetas e filósofos, profetas e estadistas. Alguns eram instruídos em todo o conhecimento de sua época enquanto outros eram pescadores sem cultura. Nem todos são identificados.

O AT foi escrito em hebraico, com alguns pequenos trechos em aramaico (ver Daniel 2:4b-7:28; Esdras 4:8-6:18; 7:12-26 e Jeremias 10:11).[2] Entretanto, a parte mais importante de como a Bíblia foi escrita está revelada em 2 Pedro 1:21: “homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo”. A palavra grega traduzida por inspirados significa literalmente “pelo sopro de Deus” (theopneustos). O Espírito Santo “moveu” homens, levando-os a escrever com as próprias palavras o que Deus desejava que dissessem.

Como sabemos que a Bíblia é verdadeira?

Evidência bibliográfica :

Nenhum escrito antigo apresenta tanta evidência documental quanto a Bíblia. Com exceção das 643 cópias da obra do Homero, os demais clássicos apresentam de 3 a 20 cópias de cada. Da Bíblia, existem quase 15000 cópias, 5000 manuscritos antigos do NT e 10000 manuscritos antigos ou partes de cópias do AT. Além disso, não apenas a quantidade de cópias é maior como também a qualidade das cópias ultrapassa a dos manuscritos literários seculares. Deve-se isso ao extremo cuidado dos judeus na tradução e na preservação dos manuscritos bíblicos.

Evidência interna :

A Bíblia não só declara ser a Palavra de Deus, mas também afirma que nem sequer uma letra pequenina ou um mero acento de letra da lei (AT) passará sem que tudo se cumpra (Mt.5:17-18). Mas podemos confiar no que ela diz a respeito de si mesma? Segundo um autor que debate com críticos da autenticidade da Bíblia, se uma testemunha é fiel em diversas coisas que afirma, podemos crer no que ela diz a seu próprio respeito.

Para mim, a maior comprovação da autenticidade da Bíblia é o fato de Jesus ter citado as Escrituras como sendo a Verdade: “Santifica-os na verdade; a tua Palavra é a verdade” (João 17:17). Ele citou 22 livros do AT, e especificamente as passagens de que os críticos da Bíblia mais duvidam: a criação do homem e da mulher, o dilúvio, a mulher de Ló, o maná, a serpente de bronze e a história de Jonas.

Em Jesus, cumpriu-se um número impressionante das profecias a respeito do Messias. A probabilidade de que uma pessoa cumprisse apenas oito das principais profecias que Jesus cumpriu (Isaías 7:14, Mateus 1:18-25; Jeremias 23:5, Lucas 3:23-31; Miquéias 5:2, Lucas 2:11; Salmo 41:9, Mateus 26:21; Isaías 53:5, Mateus 27:26; Salmo 16:10, Mateus 28:5-6) é de 1 em 100 000 000 000 000 000.

Além das profecias referentes a Jesus, há outras relativas a outras pessoas e eventos que já se cumpriram. Por exemplo: O profeta Isaías, escrevendo em cerca de 700 A.C., prediz que um rei chamado Ciro ordenará a reconstrução de Jerusalém e o lançamento dos alicerces do templo (Isaías 44:28; 45:1). Quando Isaías escreveu isso, a cidade de Jerusalém era uma metrópole poderosa e o templo estava em pé no lugar onde fora construído. Só um pouco mais de cem anos depois é que a cidade e o templo seriam destruídos pelo rei Nabucodonozor, em 586 A.C. Assim, Isaías predisse que um rei chamado Ciro, que não deveria nascer ainda por cem anos, daria ordens para reconstruir um templo que ainda estava em pé naqueles dias e que não seria destruído por mais cem anos.[3]

A própria Bíblia dá o propósito das profecias: comprovar que Deus sabe todas as coisas e tem um plano que se cumprirá: Isaías 46:9-10; 48:3,5.

Durabilidade:

A Bíblia já sofreu as mais tremendas perseguições dentre todos os livros da história. Apesar disso, sempre foi preservada, muitas vezes com sacrifício da vida de alguns cristãos. Em 23 de fevereiro do ano 303, foi promulgado um decreto válido para todo o Império Romano, que ordenava a entrega de toda e qualquer parte das Escrituras que estivesse de posse de qualquer pessoa, a fim de que fosse queimada. A pena para a desobediência era a morte. É óbvio que nem mesmo o decreto do poderoso Imperador conseguiu seu intento, ou não teríamos a Bíblia em nossas mãos hoje.[4]

Poder:

Se considerarmos que a Bíblia é a Palavra inspirada de Deus, e se pensarmos que, de tudo que Deus poderia ter dito a respeito de Si mesmo e de Seus planos para a humanidade, Ele escolheu dizer o que está escrito nesse livro, temos de reconhecer que tudo o que está registrado ali tem importância e poder. Até passagens aparentemente pouco reveladoras podem ser usadas por Deus para tocar o coração das pessoas.

O que a Bíblia revela sobre si mesma?

Ela é como um espelho. Tiago 1:22-25. O espelho não mente nunca. Se queremos saber com que cara estamos, o espelho nos dirá. A Bíblia nos revela a nossa condição espiritual, o que está fora de lugar, o que está sujo, o que precisa ser arrumado, o que precisa ser corrigido para termos uma vida espiritual atraente. 2 Timóteo 3:16-17.

Ela é como a água no sentido de saciar a nossa sede e nos purificar das impurezas espirituais. (João 15:3; Efésios 5:26). Como a Palavra nos purifica? Renovando a nossa mente com a Verdade. Romanos 12:2. Enquanto vivemos limitados pelos nossos sentidos, somos como o homem natural. 1 Coríntios 2:6-16. Mas a Palavra, ministrada pelo Espírito ao nosso coração nos ensina a respeito das coisas espirituais, que são a verdadeira realidade. Assim como a lavagem física remove as células mortas e a sujeira que se acumula em nosso corpo pelo processo de viver, a leitura da Palavra remove as coisas mortas da nossa vida, que tolhem o nosso crescimento e a energia de nossa vida espiritual e a sujeira que não deveria estar presente ali.

Ela é alimento que propicia o nosso crescimento espiritual, desde os primeiros momentos da vida cristã até à maturidade (1 Pedro 2:2; João 6:26-35; Hebreus 5:12-14). Jesus é o Pão da Vida – João 6:35,48, 54, 63b – Ele disse que quem não comer Sua carne não tem vida em si mesmo - João 6:53. Seu corpo é a encarnação do Verbo, da Palavra – logos. Logos: revelação de toda a sabedoria do universo. Quando tentado, Jesus falou que o pão físico traz vida física, mas o pão espiritual, que é a Palavra de Deus, é que traz vida espiritual – Mateus 4:4. Assim, comer o pão significa alimentar-se da Palavra. Sem uma alimentação contínua desse alimento, a vida espiritual será raquítica, sem energia.

Ela é como uma espada pois pode ser utilizada com arma de defesa e de ataque contra o inimigo. (Efésios 6:17; Hebreus 4:12). Você iria para uma batalha desarmado? Estamos envolvidos em uma batalha espiritual contínua em que nosso inimigo nos cerca qual leão faminto, procurando nos devorar. (1 Pedro 5:8) Jesus usou a Palavra de Deus como arma afiada para lutar contra as tentações de Satanás (Mateus 4:4, 7, 10).

Ela é luz pois lança claridade sobre a escuridão da vida, sobre as confusões, os conflitos, os perigos para nos manter no caminho certo. (2 Pedro 1 16-21 - Salmo 119:130,105) À medida que formos nos apropriamos da Palavra, vamos desenvolvendo um novo tipo de visão, enxergando a realidade natural com olhos que vêm o sobrenatural (Hebreus 11:27). É essa visão que sustenta a nossa fé e nos capacita a viver por um poder que excede as nossas forças. Foi assim que viveram Abel, Enoque, Noé, Abraão, Isaque, Jacó e todos os outros heróis da fé.

Os problemas que muitas vezes encontramos ao tentar ler a Bíblia são os mesmos que encontramos ao assistir a um filme da metade para o fim ou então quando lemos um romance uma página aqui, outra ali.. Ficamos sem entender os acontecimentos que estamos presenciando ou vivendo. No entanto, a Bíblia narra a história de um grande romance e como toda história, tem de ter um começo, um meio e um fim. Ela tem um Autor que já escreveu o enredo, o início e final dessa história, e estamos todos inseridos, como participantes, nessa aventura de amor e redenção.

Como toda boa história, ela começa com ... Era uma vez, num reino distante, um rei bom e poderoso... e termina com “viveram felizes para sempre”, como você pode ler nos dois últimos capítulos do último livro da Bíblia, o Apocalipse. É por isso que todas as histórias que apaixonaram a raça humana até hoje seguem esse mesmo enredo (histórias infantis, os grandes épicos da história humana e mais recentemente as aventuras de Guerra nas Estrelas, O Senhor dos Anéis de Tolkien, As crônicas de Narmia de C.S. Lewis).

Essas histórias satisfazem um anseio que está no fundo do coração de todo ser humano – saber que sua vida aqui tem um propósito maior, que ele é parte imprescindível de algo grandioso que está ocorrendo exatamente de acordo com o plano perfeito de alguém maior do que ele. Essa certeza nos dá um senso de significado, pois podemos descansar e participar alegremente de algo que vai muito além da nossa capacidade. Só precisamos fazer aquilo que fomos capacitados a fazer e podemos deixar os resultados com o Autor da história. Em Sua Palavra, Deus declara Seu grande amor pelas pessoas que criou. Ele nos amou com todos os nossos defeitos. Seu amor é incondicional, não depende do que fazemos mas apenas de sermos quem somos. Saber que somos alvo de um amor que nada fizemos para merecer, e que, por conseguinte, nada do que façamos pode extinguir, satisfaz plenamente a nossa necessidade de sentir-nos amados e sacia nossa sede de segurança.

A narrativa bíblica contém dois “no princípio” porque narra eventos que ocorreram muito antes de os seres humanos passarem a fazer parte dessa história.

Na eternidade antes da Criação, Deus Pai, Deus Filho e Deus Espírito Santo existiam num relacionamento de amor, harmonia e perfeita união. Eles criaram os anjos para aumentar Sua alegria e felicidade. Entre esses anjos, um recebeu todas as honras e beleza e poder para assistir diretamente diante do trono de Deus – Lucifer. Mas esse anjo desejou mais do que o papel que lhe havia sido designado. Desejou o lugar do Autor. Por desejar usurpar o que não lhe pertencia, foi expulso do céu, juntamente com um terço dos exércitos celestiais, que se uniram a ele em sua rebelião.

Deus criou então os seres humanos, um pouco abaixo Dele mesmo, coroando-os de honra e de glória (Salmo 8:5), colocando tudo na criação sob seu domínio. E deu-lhes acima de tudo a liberdade de retribuir ao Seu amor ou rejeitá-lo. Por que Deus faria uma coisa dessas? A Ele não interessa o amor de um ser que não tem escolha. Ele quer um amor voluntário, expresso de todo o coração, de todas as forças, de todo o entendimento. Para conquistar esse amor de suas criaturas, Ele trava uma batalha pelos nossos corações. E a Bíblia narra a história desse grandioso épico, começando com a eternidade passada, passando pela história da raça humana aqui na terra e terminando com a eternidade futura, quando todas as coisas serão restauradas ao propósito maravilhoso de Deus para a Criação e para Seus filhos.

Assim, abramos as nossas Bíblias e caminhemos através de seus livros para entender a totalidade da história que eles contam.

A Bíblia é composta de 66 livros, 39 dos quais encontram-se na parte chamada de Antigo Testamento, e 27 na parte chamada de Novo Testamento.

  • Livros do Antigo Testamento:

    • 17 livros históricos,

    • 5 livros poéticos

    • 17 livros proféticos

  • Livros do Novo Testamento:

    • 4 Evangelhos

      • Mateus,

      • Marcos

      • Lucas

      • João

    • 1 livro histórico - Atos

    • 21 epístolas

      • 14 paulinas

      • 7 gerais

  • 1 livro proféticoApocalipse

  • Livros apócrifos -

Os livros históricos – Uma visão geral

Gênesis: É o livro dos princípios e o primeiro dos cinco livros da lei, chamados de Pentateuco ou Torá. Ele responde à questão: “Quem somos e de onde viemos.” Narra a criação do mundo e dos primeiros seres humanos, sua desobediência, a destruição quase total da raça humana, as primeiras famílias e o chamado de Abraão para dar início a um povo separado para abençoar todas as nações. A partir do capítulo 12, a história se concentra nessa família e conta a história dos patriarcas Abraão, Isaque, Jacó e José. O livro termina com a ida de Jacó e sua família para o Egito a fim de escapar da fome.

Êxodo: É o livro da redenção, Deus vindo em socorro do homem. Ele é uma revelação do caráter essencial do Deus que tem um propósito em tudo o que faz. A família de Jacó estava começando a se misturar com as nações vizinhas e assim Deus a levou ao Egito, povo que não se misturava com outras raças, onde ficou 400 anos. 70 pessoas subiram ao Egito e lá ficaram, sem se misturar, mas crescendo e se fortalecendo. No momento certo, Deus enviou Moisés, a quem preparou de forma especial para a tarefa de levar o povo, agora perto de 3 milhões de pessoas, de volta à terra que havia prometido a Abraão. Levou menos de duas semanas para Deus tirar o povo do Egito mas levaria 40 anos para tirar o Egito de dentro do povo. Por isso Deus o levou primeiro ao sul, ao Monte Sinai, onde deu as leis que deveriam reger a nova nação. Diversas vezes o povo se revoltou contra Moisés e contra Deus por não lhes estar dando aquilo que eles achavam que precisavam.

Levítico: Depois da construção do tabernáculo, Deus passa a habitar no meio do Seu povo. Ele dá as diversas leis a respeito de como o povo deveria aproximar-se Dele. O tema de Levítico é: Sejam santos porque Eu sou santo.

Números: É o livro da peregrinação pelo deserto. O povo, cercando o tabernáculo e guiado por Deus, começa a jornada rumo à terra prometida, chegando lá em pouco tempo. Moisés envia 12 espias para buscar informação sobre os habitantes e as fortificações. Depois de 40 dias, eles voltam com o relatório. A terra é boa e produz fartura, mas as cidades são fortificadas e habitadas por gigantes. Dois espias, Josué e Caleb, confiaram em Deus e insistiram em entrar na terra, mas o povo ouviu os outros dez e se recusou. Por causa de sua rebeldia e descrença, Deus ordenou que vagassem pelo deserto 40 anos, até a geração descrente que havia saído do Egito tivesse morrido no deserto. A princípio, o povo reclamava e se rebelava, mas aos poucos foi se arrependendo de sua rebeldia e começou a louvar a Deus e confiar na Sua provisão e no Seu poder. O livro termina com o povo novamente acampado às portas da terra prometida, 40 anos após a saída do Egito.

Deuteronômio: Moisés faz três discursos revisando a lei, para que ninguém pudesse alegar ignorância. A ênfase está na obediência aos preceitos de Deus. Ele deixa claro que o povo tem uma escolha: obedecer ou desobedecer. A obediênciia traz bênçãos, a desobediência traz maldição. O povo era livre para escolher se obedeceria ou não, mas não tinha liberdade para escolher as conseqüências de sua escolha. No final do livro, Moisés passa a liderança a Josué e morre em pleno vigor.

Josué: É o livro das conquistas. Deus determinou a herança de cada tribo, mas não lhes deu a terra de mão beijada. Cada uma teria de lutar pelo que lhe havia sido dado, mas nenhuma delas levou a conquista até o fim, permitindo que alguns povos permanecessem em seu meio. Por não terem tirado o mal do seu meio, o povo começou a se afastar de Deus e a se contaminar com outros deuses. Josué morre no final do livro.

Juízes: É a história dos diversos ciclos de desobediência do povo. Eles se prostituíam com outros deuses, eram dominados pelos povos que ainda habitavam na terra prometida, clamavam a Deus por misericórdia e Deus enviava um juiz que os livrava da opressão. É um relato deprimente de muitos fracassos e poucas vitórias. A tônica do livro de Juízes é: cada um fazia o que parecia bem aos seus próprios olhos.

Rute: Esta linda história da redenção de uma moabita por um israelita se deu durante o tempo dos juízes e termina com o casamento da moabita com o filho de Raabe, uma prostituta cananéia, e o nascimento do avô de Davi, Obede.

1 Samuel: Narra a história de Samuel, o último juiz que foi também um profeta de Deus. Ele governou Israel até que, envelhecido e sem ter sucessores, já que seus filhos não eram tementes a Deus, o povo pediu que nomeasse um rei sobre eles, para que fossem como todos os outros povos. Deus permitiu o que o povo pediu e ordenou a Samuel que ungisse Saul. Saul começou bem, mas logo se desviou, desobedecendo a Deus, mentindo a respeito da desobediência. Por isso, Deus avisou que não seria um filho seu que continuaria a reinar depois dele e ordenou a Samuel que ungisse a Davi como próximo rei. Enquanto Saul não morreu, Davi não assumiu o trono.

2 Samuel: Depois da morte de Saul, Davi foi coroado rei de duas tribos no sul. Somente depois de algum tempo é que ele foi declarado rei de todo Israel. Davi foi um homem segundo o coração de Deus, e o livro de 2 Samuel conta a história de seu reinado. Davi pecou, e pecou grandemente, mas, ao contrário de Saul, quando confrontado com seu erro, caiu em profundo arrependimento. Deus o perdoou e restaurou, mas ele teve de enfrentar as conseqüências do seu pecado. Houve sérios problemas familiares e problemas no reino, mas ele foi um homem excepcionalmente apaixonado por seu Deus. Organizou o culto no templo mas não pôde construí-lo, ficando isso a cargo de seu filho Salomão.

1 e 2 Reis: Os livros dos reis começam com a morte de Davi e a ascenção de seu filho Salomão, que continuou a grande obra de unificação do reino iniciada por seu pai. Durante seu reinado, Israel tornou-se um reino poderoso e respeitado. Com sua morte, seu filho Roboão subiu ao trono, mas, a essa altura, o povo já estava arrependido de haver pedido um rei. O custo da realeza era alto demais. Quando Roboão não quis baixar os impostos, houve uma revolta entre o povo e o reino se dividiu em dois, o reino do Norte, que ficou com o nome de Israel, e o reino do Sul, que ficou com o nome de Judá. Israel foi desobediente a Deus desde o início. Todos os seus reis “andaram nos caminhos de Jeroboão”, o rebelde fundador do reino do Norte, e foram igualmente rebeldes ao Senhor. Os dois livros alternam a narrativa das vidas dos reis de Israel e dos reis de Judá. Entre os descendentes de Davi, que governaram Judá, houve reis piedosos, que levaram o povo a obedecer a Deus, mas a maioria foi igualmente rebelde e desobediente. Deus enviou profetas, como Elias e Eliseu, para advertir o povo do norte, e depois de muitas advertências, mandou os assírios, um povo extremamente cruel, para conquistar Israel e levar cativo seu povo, espalhando-o por diversos lugares. Judá permaneceu mais tempo, por ter tido períodos de obediência a Deus. Por fim, Deus avisou que ele também seria levado cativo, mas apenas por um período de 70 anos, após o qual seria enviado de novo à sua terra.

1 e 2 Crônicas: Os livros das crônicas narram a história dos reis de Judá, os descendentes de Davi. Eles começam com a genealogia de Davi a partir de Adão e depois de dar um registro bem detalhado de todos os descendentes dos filhos de Jacó, narra a morte de Saul e, dali por diante, o reinado de todos os reis de Judá. O primeiro livro vai até a morte de Davi, e o segundo, de Salomão até a queda de Judá, seu cativeiro de setenta anos na Babilônia. O livro termina com o decreto de Ciro, rei da Pérsia, que nesse tempo já havia conquistado a Babilônia, permitindo que os judeus voltassem à sua terra natal.

Esdras e Neemias: Estes dois livros narram o retorno dos judeus do exílio de 70 anos para reconstruir o templo e as cidades que haviam sido destruídas e jaziam em ruínas. Esdras foi um escriba apaixonado pelas Escrituras e instruiu o povo a respeito da lei de Deus. Neemias voltou para reconstruir os muros de Jerusalém e governar o povo que ali habitava. Juntos eles ajudaram a restabelecer o povo judeu em sua terra e no culto a Deus. O cativeiro havia curado o povo da idolatria. Nunca mais a adoração de ídolos seria um problema para os judeus.

Ester: O livro de Ester, o único da Bíblia toda em que não há menção específica a Deus, narra uma história que se passou no tempo em que os judeus estavam no cativeiro. A Babilônia havia caído sob o poder dos persas e foi na corte do rei persa Assuero que a mocinha judia Hadassa, chamada pelo nome persa de Ester, foi usada como instrumento para o livramento de seu povo. Uma mulher de extraordinária fé e coragem. A história de Ester se encaixa no tempo de Esdras e Neemias.

Termina aqui a história do povo de Deus no Antigo Testamento.

Em seguida, estão inseridos os cinco livros chamados poéticos: Jó, Salmos, Provérbios, Eclesiastes, Cantares, que foram escritos em diversos períodos da história de Israel

Os livros poéticos

Jó: O livro de Jó é considerado o mais antigo dos escritos sagrados hebraicos. Jó foi um homem que viveu no tempo dos patriarcas e teve sua vida marcada por tremendos sofrimentos. Ele levanta o problema das provações na vida do justo, mas não o explica nem dá as respostas que a maioria das pessoas tem a esse respeito. Nos primeiros trinta e sete capítulos, Jó e seus amigos tentam explicar o inexplicável. A partir do capítulo 38 Deus começa a responder, colocando Jó no seu lugar de criatura e mostrando que ele não tem capacidade para questionar o que Deus faz. Jó se humilha no pó e na cinza e declara o poder de Deus sobre toda a criação numa das mais belas e fortes afirmações de quem Deus é – Jó 42:1-6. A grande pergunta do livro de Jó não é: “Por quê?” mas “Quem está no controle de tudo?”

Salmos: O livro de Salmos é um dos mais conhecidos da Bíblia. É um livro de poesias e cantos compostos para louvar a Deus, ensinar, profetizar, bem como para expressar todo tipo de sentimento e frustração humana. Não há quem não se identifique profundamente com algum salmo. Eles nos servem de consolo, alegria, e louvor a Deus. Davi, o mavioso cantor de Israel, foi o autor da maioria dos salmos.

Provérbios: O próximo livro é uma coletânea de ensinos práticos sobre a vida. Escrito quase em sua totalidade por Salomão, o homem mais sábio que já viveu, ele focaliza a sabedoria de seguir os caminhos de Deus e a insensatez de seguir nossos próprios caminhos.

Eclesiastes: Este é outro livro escrito por Salomão, mas mostra a futilidade das coisas materiais, da busca pela sabedoria humana, concluindo com a afirmação de que só em Deus encontramos propósito e redenção.

Cantares: É um hino de exaltação do amor humano, falando graficamente do romance e dos prazeres que Deus nos reserva através da união de dois cônjuges. Foi considerado por muitos anos como apenas uma metáfora do amor divino, mas os detalhes do livro mostram a sabedoria de viver o amor humano pelos padrões divinos.

Os livros proféticos

Os próximos 17 livros são os chamados proféticos. Eles foram escritos no tempo dos reis e depois no tempo do exílio, e são advertências do Senhor sobre as conseqüências da desobediência e da teimosia do povo. Cada um desses livros tem uma mensagem especial de Deus. Nunca o povo a quem foi dirigido poderá alegar ignorância sobre o que iria acontecer como resultado de sua desobediência. Sua mensagem de repreensão e esperança foi ouvida por muito poucos. Os livros proféticos são divididos em Maiores e Menores, não pela importância da mensagem, mas pela extensão do seu conteúdo.

Profetas Maiores:

Isaías: É considerado o evangelho do Antigo Testamento. Ele contém algumas das mais belas mensagens de amor e de esperança da parte de Deus para com Seu povo desobediente. Isaías foi enviado por Deus para advertir o povo do reino do Sul sobre as conseqüências que teriam de sofrer por se afastarem dos caminhos do Senhor. Suas profecias são incontestáveis, e falam da vinda de Jesus em termos bem claros, seu nascimento virginal, sua vida como servo e sua morte na cruz por todos os seres humanos.

Jeremias: Um profeta escolhido por Deus desde o ventre materno para levar uma mensagem contundente de arrependimento ao povo desobediente do reino do Sul. Jeremias usou diversas ilustrações gráficas para mostrar o que aconteceria se o povo não se voltasse para Deus. Foi preso, jogado no fundo de uma cisterna, diversas vezes quase perdeu a vida. Viveu para ver o cumprimento das profecias que anunciou – a queda de Jerusalém, o templo queimado e destruído, o exílio do povo para a Babilônia. Ele escolheu ficar na terra com os mais pobres e acabou sendo levado por rebeldes para o Egito, onde provavelmente morreu.

Lamentações de Jeremias: É um livro que verte lágrimas da agonia e da tristeza que Jeremias sofreu ao ver cumpridas as profecias que Deus o mandou anunciar. Contém uma das mais belas expressões bíblicas de esperança no capítulo 3, de 22 a 33.

Ezequiel: Foi um dos profetas que ministrou ao povo no exílio babilônico. Ele viveu com os mais humildes num acampamento junto ao rio, onde os exilados foram alojados. A tônica de sua profecia é : Saberão que Eu sou o Senhor. O povo não pode alegar ignorância. Deus se revelou claramente e fez saber o que esperava dele. Entretanto, o povo continuou dando ouvido a outras vozes e crendo nelas mais do que no que disse o Senhor. Essa era a fonte do seu problema. O livro de Ezequiel apresenta visões espantosas e inúmeras parábolas. Deus não poupou nenhum esforço para mostrar o que queria que o povo entendesse.

Daniel: Daniel foi contemporâneo de Jeremias e Ezequiel. Ele era parte da elite de Israel, um príncipe jovem e muito bem instruído, fiel a Deus, mas sofreu com o povo desobediente o castigo do exílio. Enquanto Ezequiel profetizava junto aos exilados mais humildes, Daniel foi levado ao palácio do rei e escolhido para servir em cargos de alto poder na corte babilônica. Sua fidelidade a Deus foi provada inúmeras vezes mas ele se mostrou obediente e humilde. Neste livro temos belíssimas declarações e demonstrações do poder e da soberania de Deus sobre todos os seres humanos e sobre todos os eventos que governam os destinos da humanidade. Daniel profetizou sobre o final dos tempos e parte de suas profecias ainda estão por se cumprir.

Os profetas menores

Oséias: Oséias é o primeiro dos profetas menores. Vale lembrar que “menor” tem relação com a extensão da mensagem escrita e não ao seu valor. Sua mensagem foi dirigida ao reino do Norte, sempre infiel e desobediente a Deus desde a separação dos dois reinos. Este profeta recebeu ordens de Deus de viver uma ilustração do amor de Deus por Seu povo. Deus lhe ordenou que se casasse com uma prostituta que, depois de viver com ele e lhe dar três filhos resolveu voltar à vida antiga. Como o povo de Israel, a mulher de Oséias representava a infidelidade para com Aquele que a salvara da vida de pecado e lhe provera todos os meios para uma vida feliz e fiel. Deus ordena a Oséias que volte em busca da esposa infiel e a traga de novo para casa depois de ter sido abandonada por seus amantes e vendida como escrava.

Joel: Ministrou ao reino do Sul. Ele identificou ousadamente os pecados do povo e conclamou-o ao arrependimento.

Amós: Era um criador de ovelhas que foi chamado para sair de usa terra no reino do Sul para profetizar ao reino do Norte, Israel. Ele fala repetidamente do juízo de Deus e do exílio que os israelitas sofreriam nas mãos cruéis dos assírios.

Obadias: Este profeta foi enviado ao reino do Sul mas também falou a Edom, seu vizinho. O cerne da mensagem de Obadias é o de que, embora Deus use os povos gentios para castigar Israel, eles não ficarão impunes e pagarão por sua crueldade contra o povo de Deus.

Jonas: O profeta Jonas foi chamado por Deus para pregar o arrependimento à cidade de Nínive, capital da Assíria. Ele fugiu da sua missão, foi lançado ao mar e engolido por um grande peixe, em cujo ventre permaneceu três dias. Depois disso, foi “vomitado” na praia e teve de cumprir o que Deus lhe havia dito, embora o fizesse com má vontade. Mesmo assim, Deus usou a sua pregação para trazer um grande arrependimento aos ninivitas, que, por algum tempo, foram poupados do castigo que lhes havia sido reservado. Jonas é conhecido como “o profeta relutante”.

Miquéias: Profetizou ao reino do Sul e foi contemporâneo de Isaías no reino do Sul e de Amós e Oséias no reino do Norte. Miquéias profetizou contra a corrupção ética e social de seu povo, anunciando o desastre iminente, que seria enviado pelo Senhor. Ele convocou o povo ao arrependimento sincero, não apenas de fachada. É neste livro que se encontra a profecia sobre o local onde Jesus nasceria : 5:2.

Naum: Pregou uma mensagem de consolo ao povo de Judá, falando da destruição que sobreviria de seus cruéis opressores assírios. É um forte testemunho do poder e da fidelidade de Deus, que destruirá os malfeitores e é leal para com seu povo.

Habacuque: Este livro é uma mensagem de esperança em meio aos desastres inevitáveis da vida – 3:17-19. Habacuque foi um homem que teve dúvidas sinceras, que passou por provações e aprendeu a esperar em Deus.

Sofonias: Ele proclamou sua mensagem de arrependimento durante um dos reinados finais e mais corruptos de todos os reis de Judá. O tema iminente do livro é a chegada do “dia do Senhor”, ou seja, o dia do julgamento.

Ageu: Profetizou ao povo que retornava do exílio, exortando-o a permanecer firme no seu propósito de reconstrução da cidade de Jerusalém e do templo. Ele ofereceu esperança para o futuro. Em sua breve mensagem, a expressão “diz o Senhor” aparece vinte e cinco vezes.

Zacarias: Foi o outro profeta do tempo da volta do exílio. Ele ministrou aos moradores de Jerusalém num tempo de desânimo com as dificuldades de se restabelecerem na terra destruída.

Malaquias: Foi um profeta que dirigiu sua mensagem ao povo pós-exílio. Os judeus havia se estabelecido de novo em sua terra, reconstruído os muros da cidade de Jerusalém e o templo, mas encontrava-se em estado de apatia espiritual. Seu culto era formal, sem real dedicação. Malaquias enfatizou as bênçãos da obediência a Deus.

Depois de Malaquias ocorreram 400 anos de silêncio, quando Deus não enviou nenhum profeta ou nenhum recado através de quem quer que fosse. O que Ele tinha de dizer já havia sido dito, ampla e claramente. Nesse meio de tempo, Ele preparava o mundo para a vinda do Messias. Reinos se sucederam, um conquistando o outro, até chegar a vez de Roma que, com a construção de estradas que ligaram todo o mundo daquela época e a pax romana, o governo da lei e da ordem imposto pelas milícias romanas a todos os povos conquistados, propiciou todos os eventos que já haviam sido preditos para a vinda do Filho de Deus ao mundo.

Estava tudo preparado para a continuação do plano – o nascimento de Jesus, Filho de Deus, na plenitude dos tempos, para cumprir o propósito do Pai, oferecendo sua própria vida em resgate dos amados de Deus. Jesus foi precedido pelo profeta João Batista, que veio preparar o caminho para a chegada do Filho de Deus a este mundo.

Aqui tem início, então, o Novo Testamento, ou a nova aliança de Deus, agora com um povo espiritual, que aceitou a sua dádiva de reconciliação. Esse novo Israel é composto de judeus e gentios, sem distinção alguma. Nós, hoje, somos parte desse novo Israel.

Novo Testamento

Os quatro primeiros livros do Novo Testamento contam a vida de Jesus, cada um para um tipo de leitor. Depois da morte e ascenção de Jesus, o livro de Atos dos Apóstolos conta a história dos primórdios da igreja cristã e de como ela foi estabelecida. Em seguida, encontramos uma série de cartas escritas pelos apóstolos às igrejas que eles haviam fundado, a fim de confirmá-las na doutrina sadia do evangelho e animar os crentes a permanecerem firmes na luta que enfrentariam por amor do evangelho. O último livro do Novo Testamento é um livro de profecias sobre acontecimentos que ainda não se concretizaram. Apocalipse encerra o cânon bíblico.

Mateus: Este evangelho foi escrito para provar aos judeus que Jesus era a concretização de todas as profecias do Antigo Testamento. Ele cita mais profecias do que os outros evangelistas e apresenta Jesus como o rei dos judeus, o descendente legítimo de Davi.

Marcos: Escreveu para os novos cristãos gentios e principalmente os cristãos romanos e apresenta Jesus como o servo do Senhor.

Lucas: Escreveu para os cristãos gregos uma narrativa detalhada dos acontecimentos para fortalecer a sua fé. Ele apresenta Jesus como o Filho do Homem ideal, que se identificava com os sofrimentos e o dilema da humanidade pecadora a fim de levar sobre si as nossas dores e realizar a obra da salvação.

João: Escreveu seu evangelho para os judeus, encorajando-os a confessarem a Jesus como o Cristo. Ele apresenta Jesus como o singular Filho de Deus. Seu propósito está revelado em João 20:31.

Atos dos Apóstolos: É o livro que narra as lutas e os problemas enfrentados nos primórdios do cristianismo. Os dois grandes nomes desse livro são os dos apóstolos Pedro e Paulo, mas a verdadeira força por trás de tudo o que ele narra é o poder do Espírito Santo. Com as perseguições que a igreja primitiva sofreu, ela se espalhou por diversos pontos do Império Romano. O Apóstolo Paulo foi incumbido de levar a mensagem cristã aos gentios. Ele fundou diversas igrejas, às quais depois escreveu cartas de ensino e doutrina. Foi escrito por Lucas, o médico amado, para complementar o que ele já havia escrito no seu evangelho.

Carta de Paulo aos Romanos: É um tratado completo e minucioso da fé cristã. Paulo escreveu aos cristãos de Roma, cuja igreja havia sido fundada por judeus e gentios que ouviram a mensagem de Pedro em Pentecoste e achou necessário que eles tivessem uma explicação bem fundamentada das bases de sua fé. O tema principal de Romanos é a justificação pela fé.

Primeira e Segunda carta de Paulo aos Coríntios: O apóstolo recebeu um relatório sobre os problemas que a igreja de Corinto enfrentava e escreveu suas cartas falando a respeito de cada um deles, instruindo a igreja em suas bases da fé e da vida cristã. A primeira carta é mais de repreensão por fatos inaceitáveis que ocorriam dentro da igreja, a segunda é mais de consolo para aqueles que haviam sido repreendidos e, arrependidos, queriam mudar de vida.

Carta de Paulo aos Gálatas: Paulo escreveu aos gálatas para esclarecer alguns pontos doutrinários, especialmente o da justificação pela fé, dos quais a igreja já estava se desviando, advertindo a respeito dos perigos do legalismo em que a igreja estava se envolvendo. É a carta da liberdade.

Carta de Paulo aos Efésios: Nesta epístola, o apóstolo enfatiza os recursos espirituais de que os crentes se tornaram depositários a fim de poderem viver de maneira diferente, pelo poder de Cristo. Ele mostra claramente que só quando vivemos “em Cristo” poderemos nos revestir do novo homem e viver de forma diferente, que agrada a Deus e nos abençoa. É a carta da nova vida em Cristo.

Carta de Paulo aos Filipenses: Paulo fala repetidamente na alegria que é fruto do Espírito Santo. Ele aponta o esvaziamente do Senhor Jesus para exercer a missão de servo e que o leva à glorificação. Diz que para ele o viver é Cristo. Esta é uma carta pessoal, a carta da alegria.

Carta de Paulo aos Colossenses: A igreja de Colosso estava sendo infiltrada por heresias e Paulo escreve esta carta para refutar alguns desvios da sã doutrina. Nela, ele incentiva os colossenses a permanecerem firmes no que lhes foi ensinado, praticando o que aprenderam em seu viver diário e crescendo na fé.

Primeira e segunda cartas de Paulo aos Tessalonicenses: Paulo escreveu à igreja de Tessalônica para afirmar as doutrinas que havia ensinado ao fundar essa igreja e para corrigir assuntos referentes à vida futura que perturbavam aqueles novos cristãos. A ênfase das duas epístolas é no final dos tempos, na ressurreição dos mortos, na segunda vinda de Cristo.

Primeira e segunda cartas de Paulo a Timóteo: São chamadas de epístolas pastorais, nas quais o pastor mais velho aconselha o mais jovem, seu filho na fé, sobre questões de pastoreio das igrejas. Paulo autoriza Timóteo a liderar com firmeza e bondade as igrejas que lhe foram confiadas, e a exercer sua autoridade para o bem dos seus liderados.

Carta de Paulo a Tito: Paulo escreveu esta carta para dar a Tito, seu colaborador gentio, autorização e orientação no que diz respeito à doutrina, governo e vida piedosa da igreja. É outra epístola pastoral.

Carta de Paulo a Filemon: É uma carta pessoal a um amigo e colaborador a respeito de uma questão prática da vida cristã.

Carta aos Hebreus: Embora muitos considerem Paulo como autor desta carta, não há provas definitivas a respeito. Ela apresenta a suficiência e a superioridade do ministério de Cristo e exorta os crentes a permanecerem fiéis e a amadurecerem na fé. É nesta carta que encontramos o rol de honra dos heróis da fé – capítulo 11.

Carta de Tiago: Ela oferece palavras de encorajamento aos cristãos que, sob perseguição, haviam fugido para outros lugares e que estariam encontrando sérias dificuldades práticas para viver sua fé entre descrentes.

Primeira e segunda cartas de Pedro: Pedro escreveu para ensinar os cristãos a viverem em tempos difíceis, já que acirrada perseguição contra eles estaria sendo brevemente desencadeada pelo governo romano. Ele cita Cristo como exemplo para todos os cristãos diante de situações de injustiça e maus tratos, desenvolvendo também ensinos sólidos sobre os tempos finais.

Primeira, segunda e terceira cartas de João: João escreveu aos cristãos para fortalecer sua fé. A primeira carta fala sobre crescimento na santificação através da confissão dos pecados e da purificação oferecida por Deus mediante o sacrifício de Jesus. É um tratado do amor de Deus. Na segunda carta, ele adverte os cristãos contra receber heréticos em suas casas e na terceira, sua preocupação novamente é o amor.

Carta de Judas: A ênfase da carta de Judas é a salvação. Foi escrita para cristãos aparentemente sendo confundidos por heresias.

Apocalipse: O último livro da Bíblia é um livro profético que fala dos tempos futuros. Foi escrito pelo apóstolo João. Ele conclui a história humana iniciada no jardim do Éden. Além das profecias sobre os acontecimentos dos últimos dias, quando o maligno será derrotado e aniquilado para sempre, ele termina com a imagem do novo céu e da nova terra, onde não haverá pranto, nem tristeza, nem morte, e onde a presença de Deus iluminará a cidade santa e todos os salvos viverão a vida que foi planejada para eles desde antes da fundação do mundo.

Além desses 66 livros, há uma série de livros chamados de apócrifos por não constarem do cânon hebraico. Eles são aceitos pela igreja católica como livros inspirativos, se não totalmente inspirados, mas por isso mesmo não são incluídos na Bíblia pelos cristãos protestantes.

A Bíblia traz a narrativa completa, embora não detalhada, da história humana. Do primeiro ao último livro, ela revela tudo que precisamos saber para viver a vida que Deus planejou para nós e que o sacrifício de Jesus hoje nos possibilita viver como novas criaturas. O Espírito Santo que habita em nossos corações nos relembra de tudo que aprendemos e nos ensina o que precisamos saber quando a situação parece confusa. Jesus disse que veio para que tenhamos vida, e vida abundante, cheia de paz e alegria no meio de qualquer circunstância.

Se não conhecermos o Deus que a Bíblia revela, nossa fé permanecerá pequena e definhará por falta de uso, impedindo-nos de gozar todas as riquezas da nossa herança como filhos e filhas de nosso Pai, o Deus todo-poderoso, Senhor de todas as coisas. A escolha é nossa.